Panamá e Costa Rica não reconhecem o resultado das eleições na Venezuela

Maduro foi reeleito com quase 68% dos votos; principal candidato da oposição venezuelana Henri Falcón também não reconheceu o resultado

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O presidente venezuelano Nicolás Maduro (d) discursa após a divulgação dos resultados das eleições em Caracas, Venezuela, neste domingo, 20.A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, anunciou que Maduro foi reeleito com 5.823.728 votos. Foto: Miguel Gutiérrez/EFE

CIDADE DO PANAMÁ - O Panamá não reconhece os resultados das eleições na Venezuela do domingo, 20, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com quase 68% dos votos, considerando que o processo não era democrático. "O governo da República do Panamá não reconhece os resultados das eleições realizadas no domingo, 20 de maio, na República Bolivariana da Venezuela, porque não considera o processo democrático ou participativo", afirmou em um breve comunicado o Ministério das Relações Exteriores do Panamá.

+++ Principal rival de Maduro aponta irregularidades em eleição com alta abstenção A Costa Rica também expressou "sua profunda preocupação de que o dia da eleição não tenha tido a participação de todos os atores políticos ou observadores internacionais independentes, o que enfraquece a democracia". No caso do Panamá, o pronunciamento reflete a tensão que surgiu entre os dois países depois que o Panamá incluiu Maduro e outros altos funcionários venezuelanos em uma lista de "alto risco" para lavagem de dinheiro em março. Em resposta, a Venezuela suspendeu as relações econômicas por três meses com uma centena de empresas panamenhas, incluindo a companhia aérea Copa, principal conexão aérea da Venezuela com a América Latina. O principal candidato da oposição nas eleições venezuelanas, Henri Falcón, não reconheceu o resultado eleitoral porque considerou que o processo não tinha legitimidade e pediu a realização de um novo pleito. /AFP

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