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Para Lula, Chávez aceitou vontade da maioria

Para brasileiro, adesão ao 'não cresceu nas últimas semanas com manifestações de estudantes'

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Por Leonencio Nossa e de O Estado de S.Paulo
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 3, que a rejeição das mudanças constitucionais propostas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, deve ser respeitada, conforme relato do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Veja também: Venezuela vive expectativa após derrota Para Lula, Chávez aceitou vontade da maioria Amorim: 'derrota foi boa para a democracia' Venezuela rejeita reforma constitucional Chávez reconhece derrota Resultado é 'vitória da democracia' Tensão na América do Sul  Conheça pontos centrais da reforma Acompanhe a trajetória de Hugo Chávez   "A vontade da maioria tem de ser respeitada. O Chávez reconheceu isso", comentou Lula na reunião de coordenação política. No encontro, o presidente avaliou ainda que a adesão ao movimento contra as mudanças na Constituição "cresceu nas últimas semanas com as manifestações da oposição e de estudantes". O presidente venezuelano reconheceu a derrota no referendo sobre a reforma constitucional realizado no domingo, 2, no país. Uma das propostas da reforma dava condições para um número ilimitado de mandatos consecutivos do presidente. Mais cedo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, havia feito uma avaliação semelhante, considerando que Chávez agiu com "elegância" ao aceitar a derrota. Ainda de acordo com Amorim, o resultado do pleito "foi bom para a democracia" Chávez foi derrotado neste domingo após um mês de campanha governamental pelo "sim" no referendo. A consulta foi convocada pelo Conselho Nacional Eleitora (CNE) depois que o Parlamento venezuelano aprovou um pacote de mudanças na Constituição impulsionadas pelo presidente. Entre as medidas, o governo propunha o fim dos limites à reeleição presidencial, a diminuição da jornada de trabalho e o controle estatal sobre o Banco Central.

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