02 de julho de 2008 | 20h01
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, considerou nesta quarta-feira, 2, que o "êxito" da libertação dos 15 reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) coloca este país no caminho real para a paz. Em declarações à Agência Efe, o máximo representante da OEA afirmou que "este é o êxito mais importante do governo colombiano na luta pela pacificação do país, não só por ter conseguido a libertação dos reféns, mas porque a Colômbia está mais perto" de uma paz real. Veja também: Exército colombiano anuncia o resgate de Ingrid Betancourt Resgate foi absolutamente impecável, diz Ingrid Quem são os ex-reféns libertados pelo Exército colombiano EUA elogiam operação de resgate Rice pede às Farc que libertem outros reféns Resgate de Ingrid é vital para a paz, diz Evo Farc devem selar paz com Uribe, diz embaixador O drama de Ingrid Depoimento dos filhos de Ingrid (em espanhol) Insulza parabenizou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pela execução da operação de inteligência que culminou com a libertação da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, três norte-americanos e 11 policiais e militares. O secretário-geral afirmou que as Farc estão ficando debilitadas, por isso que "a única opção que resta à guerrilha é encontrar um caminho razoável para se incorporar à sociedade civil e abandonar este conflito que abateu a Colômbia durante tantos anos", disse. Após esta operação, "é evidente que há gente infiltrada e que já não têm a condição de conduzir um processo de comunicação como o que antes tinham. Se aconteceu uma operação como esta, estamos falando de uma organização com enormes desconexões no interior de si mesma", afirmou. Por isso, considerou que "este é o momento de fazer uma avaliação séria, libertar o resto dos reféns e terminar com esta situação que já dura tempo demais". Insulza enfatizou a necessidade de se continuar lutando contra a utilização de todo tipo de violência e defendeu a liberdade de todos os reféns em poder das Farc. "Uribe já deu os primeiros passos, esteve disponível para o diálogo sempre e agora vive o outro lado", completou.
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