26 de janeiro de 2010 | 21h08
O Parlamento de Honduras começou nesta terça-feira, 26, a debater um projeto de decreto de anistia a pessoas que cometeram delitos políticos antes e depois do golpe de Estado contra Manoel Zelaya, em 28 de junho.
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Em sua exposição de motivos, Pérez ressaltou que Zelaya pretendia reformar a Constituição, incluindo alguns artigos "pétreos" - como se denominam em Honduras artigos considerados imóveis. O deputado também afirmou que o presidente também estava adotando outras para se perpetuar no poder.
O projeto de anistia foi enviado a uma comissão parlamentar, mas isso não quer dizer que ela seja aprovada ainda nesta terça, disse o presidente do Parlamento, Juan Orlando Hernández, ainda que vários deputados tenham garantido extraoficialmente que ela será aprovada hoje.
Outros deputados não descartaram a aprovação do projeto na quarta-feira, 27, antes que Lobo assuma a presidência do país. O presidente eleito assegurou a jornalistas que "a anistia é um feito".
Zelaya foi deposto e enviado à Costa Rica por militares no último 28 de junho, por promover uma consulta popular para reformar a Constituição, apesar de haver uma proibição legal de vários organismos do Estado para alterar o documento.
O presidente deposto sairá nesta quarta do país com destino a República Dominicana, acompanhado pelo presidente dominicano, Rafael Fernandéz, com um salvo-conduto concedido por Lobo.
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