26 de agosto de 2009 | 21h58
Os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Correa, de Equador, têm sido publicamente críticos ao colega colombiano, Alvaro Uribe, por conta das operações e planos conduzidas por Bogotá na luta contra a guerrilha. Caracas e Quito veem muitas dessas ações como ameaça a sua própria segurança.
"Que Chávez e Correa abram os olhos ante a insolidariedade que têm tido na luta da Colômbia contra as Farc", disse à Reuters senador do Partido de la U (Partido Social da Unidade Nacional) Armando Benedetti, que apoia o governo de Uribe.
Benedetti acrescentou que ordenou a instalação dos outdoors. Chávez e Correa aparecem nas peças publicitárias com os olhos fechados, sob a legenda "ei! abra os olhos".
Seis grandes outdoors foram instalados nesta quarta em pontos estratégicos de avenidas movimentadas de Bogotá. Outros quatro serão instalados nos próximos dias.
"Não entendem o sofrimento que a Colômbia suporta por culpa das Farc: assassinatos, massacres, sequestros, órfãos, viúvas. Queremos gerar apoio ao governo Uribe", acrescentou Benedetti.
Chávez e Correa têm sido acusado por Bogotá de manter supostos vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo guerrilheiro considerado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Os dois presidentes negam vínculo ou apoio à guerrilha e se dizem interessados apenas na paz do país vizinho e em uma negociação que ponha fim ao conflito interno que já dura mais de 45 anos.
A campanha publicitária, que também distribuirá milhares de panfletos, foi lançada em meio a uma nova crise entre Colômbia e Venezuela deflagrada pela decisão do governo Uribe de firmar um acordo militar com os Estados Unidos para combater o narcotráfico e o terrorismo, que prevê o uso de até sete bases militares colombianas por tropas norte-americanas.
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