Perigo. Óleo escondido debaixo da superfície da água pode esgotar o oxigênio da água, danificando as plantas e outras criaturas que dependem do mar. Foto: Hans Deryk/Reuters
Um grupo de cientistas afirmou neste domingo, 16, ter encontrado grandes manchas de óleo escondidas debaixo da superfície da água no Golfo do México. A descoberta ocorreu no sábado, 15, depois da última ação da BP para tentar diminuir o derramamento de óleo na região - causado pela explosão em uma instalação petrolífera, em 20 de abril.
De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional para Ciência e Tecnologia Submarina, foram vistas ao menos 3 ou 4 manchas de óleo que se arrastam por mais de 1.200 metros de profundidade.
Os cientistas Vernon Asper e Arne Dierks disseram que as manchas podem ser "talvez devido à injeção profunda de misturas químicas que a BP está utilizando", no caso para conter a tragédia ambiental.
A pesquisa também está testando os efeitos desses milhares de óleo submersos nos níveis de oxigênio da água. O óleo pode esgotar o oxigênio da água, danificando as plantas e outras criaturas que servem de alimento para uma grande variedade de animais marinhos.
Os níveis de oxigênio da água caíram 30%, e devem continuar caindo. "Pode levar anos, possivelmente décadas, para que o sistema se recupere dessa infusão. Nós nunca vimos nada como isso antes. É impossível medir qual é o impacto", disse Samantha Joye, professora de Ciência Marinha da Universidade da Geórgia.
O laboratório da cientista agora está aguardando o retorno do barco de pesquisa para que a equipe possa testar a água que foi retirada. A previsão é de que a análise seja repetida dentro de um mês.
Ao menos 210 mil galões (cerca de 790 mil litros) de óleo foram derramados no Golfo do México desde o incidente em 20 de abril - que também culminou com a morte de 11 pessoas.