Pistoleiro assassina dirigente sindical na Colômbia

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Um líder sindical foi assassinado com um tiro na cabeça por um pistoleiro na cidade colombiana de Medellín, informou nesta sexta-feira um sindicato, no mais recente caso de violência que poderá manter congelada a entrada em vigência de um tratado de livre-comércio com os Estados Unidos. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) disse que seu tesoureiro no departamento de Antioquia, Luis Germán Restrepo, foi vítima do ataque que acabou com sua vida na quinta-feira à noite, o primeiro crime contra um sindicalista registrado no governo do recém-empossado presidente Juan Manuel Santos. "Restrepo foi vítima de um atentado que custou sua vida nas mãos de um assassino, que lhe deu um tiro na cabeça", informou a CGT em comunicado. A vítima tinha uma experiência de mais de 40 anos na atividade sindical e era tesoureiro da entidade e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Embalagens de Antioquia. A polícia informou que, até o momento, não tem indícios claros sobre os autores e as causas do assassinato de Restrepo, casado e pai de cinco filhos. Embora a Colômbia seja considerada o principal país aliado dos Estados Unidos na América Latina, no momento em que governantes de esquerda ganharam influência na região, Washington não conseguiu impulsionar a ratificação do acordo comercial. A violência contra dirigentes sindicais é a principal desculpa da bancada democrata no Congresso dos Estados Unidos para não apoiar a ratificação de um Tratado de Livre Comércio, assinado entre Bogotá e Washington em 2006. De acordo com um relatório da Confederação Sindical Internacional, 48 ativistas trabalhistas foram assassinados na Colômbia em 2009, a situação mais violenta contra sindicalistas em todo o mundo. Santos, que assumiu no sábado a Presidência no lugar de Alvaro Uribe, se comprometeu a combater os grupos armados ilegais e a proteger setores vulneráveis, como líderes sindicais e defensores de direitos humanos. (Reportagem de Luis Jaime Acosta)

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