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Pistoleiros assassinam terceiro prefeito no México em menos de um mês

Crime, supostamente ligado a narcotraficantes, ocorre perto de Monterrey, perto da fronteira com os EUA

Atualização:

 

MONTERREY - Pistoleiros supostamente ligados a narcotraficantes mataram na quinta-feira o prefeito de uma cidade nos arredores de Monterrey, no norte do México, informou nesta sexta-feira, 24, a polícia. É o quarto prefeito a ser morto em pouco mais de um mês no país. Prisciliano Rodríguez, prefeito da localidade de Doctor González, 50 quilômetros a leste de Monterrey - importante centro financeiro e comercial perto da fronteira com os EUA - foi assassinado a tiros quando ia de carro para sua fazenda, segundo a procuradoria-geral mexicana. Não ficou claro por que Rodríguez, eleito no ano passado pelo partido oposicionista PRI, foi atacado. Mas os Estados de Nuevo León (onde fica a cidade dele) e Tamaulipas viram explodir neste ano uma violência relacionada ao narcotráfico. Uma pessoa que acompanhava Rodríguez também morreu no ataque, segundo o jornal Reforma. A polícia não quis comentar a informação. No mês passado, pistoleiros mataram os prefeitos da localidade turística de Santiago, também em Nuevo León, e Hidalgo, na vizinha Tamaulipas. Já em setembro, outro prefeito foi assassinado no Estado de San Luis Potosí (centro). Mais de 29 mil pessoas já morreram vítimas da violência desde que o presidente Felipe Calderón mobilizou os militares para combater os narcotraficantes, no final de 2006. As mortes decorrem de confrontos entre cartéis da droga, e destes com as forças de segurança. A atual onda de violência em Nuevo León e Tamaulipas é atribuída à disputa entre o Cartel do Golfo e uma facção dissidente, os Zetas, pelo controle das rotas de envio de drogas para os EUA.

 

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Violência

O presidente Felipe Calderón diz que a violência é um sintoma do desespero dos traficantes, mas ele enfrenta pressão para acalmar a situação, que afugenta turistas e investidores num momento em que o México se recupera da sua pior recessão desde 1932. Em agosto, o consulado dos EUA em Monterrey orientou seus funcionários a tirarem os filhos da cidade, que já foi considerada uma das mais seguras e prósperas da América Latina. O Estado de Nuevo León registrou mais de 450 mortes relacionadas ao narcotráfico desde o começo do ano.

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