CIDADE DO MÉXICO - Os corpos de mais de cinquenta pessoas assassinadas foram encontrados entre sexta e sábado, 24, em nove fossas clandestinas na periferia de Monterrey, terceira maior cidade do México, segundo autoridades do país. Os investigadores utilizavam maquinário pesado para buscar mais corpos, e as fotografias mostraram algumas manchas negras no chão, o que sugere que algumas pessoas teriam sido queimadas. O procurador de Justiça do Estado de Nuevo León, onde fica Monterrey, Alejandro Garza y Garza, disse que a maioria dos corpos tem diferentes tipos de tatuagens que não deram indícios suficientes sobre o pertencimento ou não dos mortos a algum cartel ou outro. Ele acrescentou que 48 das vítimas eram homens e três, mulheres. A procuradoria-geral, por sua vez, disse que vai enviar reforços para a busca.
Um porta-voz do governo de Nuevo León, que faz fronteira com o Texas, disse que alguns dos cadáveres estavam esquartejados. Sabe-se que os cartéis de droga mexicanos usam líquidos corrosivos, fogo, cal viva e outros métodos para destruir corpos e impossibilitar sua identificação.
Ao que parece, as fossas clandestinas, que foram descobertas na última quinta, eram usadas por grupos de narcotraficantes que atuavam na região. A guerra contra o tráfico de drogas no México já causou mais de 24,8 mil mortes desde que o presidente Felipe Calderón lançou uma ofensiva contra os cartéis após assumir o cargo, em dezembro de 2006. O cartéis costumam utilizar fossas para desfazerem-se de suas vítimas. Em maio, a polícia de Taxco, no Estado mexicano de Guerrero, descobriu 55 corpos em uma mina de prata abandonada. As informações são da Associated Press.
Atualizado às 18h56