Polícia Federal do México captura importante capo do narcotráfico

'Nacho López' era responsável por administrar os recursos do cartel 'Fa Familia Michoacana'

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Por Efe
Atualização:

CIDADE DO MÉXICO- As autoridades mexicanas capturaram um importante capo da organização criminosa La Família Michoacana que administrava valores procedentes de extorsões, sequestros, narcotráfico e venda de minerais explorados ilegalmente, informou nesta quarta-feira, 13, a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

 

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A detenção de Ignacio Javier López Medina, conhecido como "Manuel Lombera" ou "Nacho López", foi realiza pro agentes da Polícia Federal graças a investigações contra uma rede internacional de lavagem de dinheiro.

 

Junto ao suspeito, foram detidos Leonor Castañeda Farías, Silvino Téllez García e Yadira Esbeyde García Landa, executiva de um sucursal para clientes com alto poder aquisitivo de um banco no porto de Lázaro Cárdenas, em Michoacán, oeste del país.

 

Os quatro detidos são acusados de realizar "operações com recursos de procedência ilegal e de se organizarem para praticar crimes, além de serem integrantes da organização denominada La Familia Michoacana", uma das mais perigosas do México.

 

Com eles, foram apreendidos um fuzil AK-47 com 28 cartuchos, com a legenda "a máfia não perdoa", e uma pistola 9 mm com dez cartuchos, uma bolsa com cocaína, uma caminhonete de luxo e documentos falsos.

 

As autoridades detectaram "condutas irregulares dentro do sistema financeiro", o que permitiu "identificar operações dos principais sujeitos envolvidos em um montante aproximado de US$ 7,2 milhões".

 

Segundo a SSP, López Medina era responsável por administrar dinheiro de extorsões, resgates de sequestros, comercialização de drogas, e pela venda de recursos naturais explorados ilegalmente na zona serrana do litoral de Michoacán.

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O suspeito, que confessou seguir as ordens de Servando Gómez Martínez, conhecido "La Tuta", líder operativo do La Família Michoacana, fez pagamentos a indivíduos sem nenhuma atividade econômica declarada.

 

Segundo as investigações, López Medina mantinha relações comerciais com ao menos "três importantes empresas internacionais no México", dedicadas à exportação de minerais em ferro com destino a China.

 

Ele viajou várias vezes aos Estados Unidos com o nome de Manuel Lombera Arias para constituir empresas, as quais financiou com recursos obtidos com as atividades do cartel de droga mexicano.

 

Medina já havia sido preso nos EUA em 1991 por tráfico de heroína, pelo que foi preso e deportado ao México em 1996.

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