01 de abril de 2008 | 19h15
O porta-voz do presidente boliviano Evo Morales, Álex Contreras, renunciou ao cargo nesta terça-feira, 1, de forma "irrevogável". Antes da renúncia, o funcionário disse que o governo precisa de "um choque de gestão" e que os movimentos sociais devem ser "os guardiães" das mudanças na Bolívia. Veja também: Bolívia condena propaganda eleitoral de Oviedo no Paraguai Contretas, um dos funcionários mais próximos a Morales e seu porta-voz desde que chegou ao poder, em janeiro de 2006, leu sua carta de renúncia no Palácio do Governo, diante da imprensa local. O funcionário ainda exercia o cargo de Diretor Geral de Comunicação, que controla as rádios e televisões do Estado, e era chefe da imprensa no Palácio do Governo. Contretas reconheceu que sua demissão acontece em meio "a uma conjuntura difícil" que o país atravessa, dividindo o projeto constitucional entre Morales e os processos autônomos de várias regiões opositoras. O governo da Bolívia considerou sua "revolução" como "com um passo firme e altivo", que trazem medidas que beneficiam a maioria, mas prejudica "pequenos grupos e inimigos internos que agora se converteram em obstáculos para a mudança." "A qualidade da informação define a qualidade da democracia", avaliou Contretas. O porta-voz indicou que a única forma de aprofundar "a revolução" é fortalecer os princípios do Movimento ao Socialismo (MAS) junto aos movimentos sociais, "sem a influência de personagens que não convivem no processo histórico que o país atravessa." (Matéria ampliada às 20h15)
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