O prazo final colocado pelo presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para que haja uma saída negociada para a crise no país termina à meia-noite desta quinta-feira, 15. Negociadores de Zelaya e do governo de facto liderado por Roberto Micheletti voltam à mesa de negociações para buscar um pacto.
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Micheletti decretou feriado nacional nesta quinta-feira, após Honduras conseguir na noite de quarta-feira, 14, se classificar para a Copa do Mundo da África do Sul, informou o jornal local La Prensa.
O grande ponto de discordância entre as partes é o retorno de Zelaya ao poder. Deposto em 28 de junho, o líder voltou ao país em 21 de setembro e desde então está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Na quarta-feira, Micheletti disse que a restituição de Zelaya é uma questão legal que deve ficar a cargo da Corte Suprema.
Zelaya não disse que atitudes pretende tomar caso o prazo imposto por ele para um acordo expire. O líder deposto exige retornar ao cargo antes das eleições presidenciais marcadas para 29 de novembro.
Os dois lados já concordaram em estabelecer um governo de união nacional. Na quarta-feira, negociadores notaram que um pacto nunca esteve tão perto, mas a volta de Zelaya ao posto segue como a principal divergência.