26 de agosto de 2010 | 15h22
O presidente Felipe Calderón disse que vai enviar propostas ao Congresso para proibir a compra em dinheiro de terrenos e imóveis e também para facilitar a apreensão de propriedades pertencentes aos cartéis e suas companhias de fachada.
Mais de 28 mil pessoas morreram na violência desencadeada pelo tráfico de drogas no México desde 2006, quando Calderón iniciou sua ofensiva contra o crime organizado.
Esta semana, fuzileiros navais mexicanos encontraram 72 corpos em uma fazenda do norte do país, supostos trabalhadores imigrantes sul-americanos que seguiam para os Estados Unidos e acabaram sendo mortos por traficantes de drogas. De acordo com o Itamaraty, ao menos quatro vítimas eram brasileiras.
Calderón disse que as novas medidas vão "atingir os criminosos onde dói mais, nas finanças".
Os cartéis mexicanos, que controlam a maior parte do tráfico de cocaína e metanfetamina para os Estados Unidos, faturam entre 25 bilhões e 40 bilhões de dólares anualmente.
O dinheiro do tráfico, retirado dos EUA principalmente em notas de 100 dólares, acaba parando em restaurantes, construtoras e outros negócios de propriedade dos traficantes.
Calderón também prometeu que o Ministérios das Finanças vai trabalhar mais duro para combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
(Reportagem de Miguel Angel Gutierrez e Jason Lange)
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