15 de dezembro de 2009 | 20h52
O Departamento de Estado dos EUA confirmou no dia 5 de dezembro a detenção de um norte-americano, que o jornal The New York Times divulgou como sendo um distribuidor de equipamentos de telecomunicação, como celulares e laptops, na ilha de governo comunista.
Havana não comentou publicamente a detenção, mas pode decidir tornar o caso mais um incidente na longa lista de disputas diplomáticas e de espionagem que permeiam as relações entre EUA e Cuba por mais de meio século.
Mas alguns analistas acreditam que não haverá impacto significativo sobre os esforços de Obama para melhorar as relações com a ilha de Fidel Castro.
"Pode provocar uma interrupção em curto prazo, mas não acho que vai afetar o novo diálogo sobre imigração, restabelecimento do serviço postal e outras questões", disse Phil Peters, um especialista cubano no Instituto Lexington no estado da Virgínia, EUA.
Cuba ainda não permitiu o acesso de diplomatas norte-americanos em Havana ao homem detido, que, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, não é um funcionário do governo norte-americano.
A empresa Development Alternatives Inc., de Maryland, EUA, descreveu o detido como um subempreiteiro "empregado para auxiliar nas organizações civis da sociedade cubana".
Os grupos cubanos dissidentes são muitas vezes vistos como "mercenários" ou "traidores" pelo governo cubano, e o EUA é acusado de apoiá-los abertamente para minar a autoridade comunista na ilha.
Obama prometeu melhorar as relações com Cuba neste ano, tomando iniciativas como eliminar as restrições a visitas familiares e amenizar o embargo comercial de 47 anos sobre a ilha.
Encontrou algum erro? Entre em contato