PUBLICIDADE

Protesto na Nicarágua deixa ao menos um morto e vários feridos

A repressão aos protestos contra Ortega já deixou mais de 320 mortos desde abril

Atualização:
Uma mulher é vista com o rosto ensanguentado após ser agredida pela polícia depois que uma marcha pacífica contra o governo foi reprimida violentamente em Manágua, Nicarágua, no domingo, 23. Foto: Oscar Navarrete/AP

Pelo menos uma pessoa morreu e outras cinco ficaram feridas depois um ataque domingo, 23, contra uma marcha opositora na Nicarágua, que pedia a saída de Daniel Ortega do governo. A vítima foi identificada como Max Romero, de 16 anos, que morreu como consequência “do fogo cruzado”, segundo informações da polícia, que atribuiu a morte aos manifestantes. A tia do jovem, que preferiu não se identificar por medo de represálias, negou a versão da polícia. Ela disse que seu sobrinho participava das marchas porque “não queria ver seu país sob a ditadura de Daniel Ortega”.

PUBLICIDADE

+++ Com violência, oposição na Nicarágua cresce e Ortega se isola A repressão aos protestos contra Ortega, que já deixou mais de 320 mortos desde abril, perdeu a intensidade nas últimas semanas, enquanto as prisões de oponentes aumentaram. Mas ontem a violência transbordou novamente quando a marcha foi atacada por pessoas armadas e desordeiros. Apoiadores do governo assediaram os manifestantes durante todo o trajeto.

+++ Os embates entre o governo Ortega e a Igreja na Nicarágua “Fui atingido e ferido por paramilitares de Daniel Ortega”, contou um homem de 41 anos, que não quis revelar seu nome. Ele foi socorrido em uma igreja no bairro de Las Americas, ao leste da capital Manágua, onde ocorreram os ataques. Entre os feridos também estava o jornalista Winston Potosme, do canal privado 100% Noticias, que foi atingido no braço. O protesto “Nós somos a voz dos presos políticos” foi convocado por familiares de pelo menos 500 detidos por participarem de manifestações contra o governo, desde 18 de abril. /AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.