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Protestos afetam popularidade de presidente mexicano às vésperas de ano eleitoral

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Por Redação
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A popularidade do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, despencou em meio às preocupações com a maneira como ele está lidando com os problemas de segurança e a corrupção, mostraram pesquisas nesta segunda-feira, um sinal de que seu partido pode perder terreno nas eleições do ano que vem. As pesquisas registraram uma queda acentuada em seu índice de aprovação desde o aparente massacre de 43 professores em treinamento e um escândalo de conflito de interesses envolvendo uma casa comprada pela primeira-dama. O índice de aprovação de Peña Nieto caiu de 50 por cento em agosto para 39 por cento em novembro em um levantamento do jornal Reforma, e o diário El Universal revelou que 41 por cento aprovavam sua liderança em novembro, ante 46 por cento em agosto. O Reforma enfatizou que se trata da menor porcentagem de aprovação de um presidente desde 1996, quando Ernesto Zedillo lutava para conter uma crise financeira e econômica. Os dados do El Universal mostraram que o mandatário está em seu momento de maior impopularidade desde que assumiu o cargo em 1 de dezembro de 2012 para um mandato de seis anos. A perda marcante de popularidade pode minar as esperanças do Partido Revolucionário Institucional (PRI) de obter progressos nas votações locais e congressionais do próximo ano. O PRI tem presença forte nas duas casas do Congresso, mas não tem maioria. “Isto terá um impacto nas eleições”, disse o analista político da Universidade Nacional Autônoma, Javier Oliva. Peña Nieto está sob pressão crescente dos manifestantes para que acabe com a impunidade e a brutalidade das forças de segurança desde que o grupo de professores em treinamento foi sequestrado por policiais corruptos e entregue a um cartel de drogas local no sudoeste mexicano em 26 de setembro. O Reforma disse ter entrevistado 1.020 mexicanos entre 20 e 23 de novembro, com uma margem de erro de 3,1 por cento, e o El Universal conversou com 1.000 pessoas entre 8 e 12 de novembro, com uma margem de erro de 3,5 por cento. (Reportagem de Michael O'Boyle)

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