
16 de março de 2008 | 20h08
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que realizou nesta semana uma visita ao Brasil, descartou que os EUA tenham inimigos na América do Sul e que o presidente venezuelano Hugo Chávez seja uma ameaça aos EUA. Veja também: Chávez mediará encontro entre Uribe e Ortega "Temos uma ampla política para a América Latina, na qual defendemos a justiça social e o crescimento econômico", afirmou a secretária, em entrevista a revista Época. "Defendemos a igualdade de raça e gênero, por isso os EUA não têm inimigos na América do Sul", acrescentou. Sobre a pergunta se Chávez representa uma ameaça à região, Condoleezza respondeu que "algumas ações na Venezuela são questionáveis, mas não examinamos ideologias porque estamos preparados para nos relacionar com países de esquerda e direita." A secretária destacou o papel "ativo" do Brasil na América do Sul e o trabalho conjunto na questão dos biocombustíveis, como um passo para que alguns países deixem a "dependência energética". Condoleezza descartou ainda uma revisão imediata de tarifas sob a importação do etanol brasileiro. Colômbia Sobre a Colômbia, a secretária descartou que a aliança com os EUA seja sinônimo de "falta de estabilidade" com a região, e destacou o "diálogo positivo" com o país. Na recente crise entre Colômbia, Equador e Venezuela, Condoleezza expressou sua alegria pela "madura resolução" dos conflitos entre os líderes da região. Nesse sentido, a secretária ressaltou o papel do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e negou os EUA esteja interessado em converter a Amazônia num território internacional.
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