MÉXICO - O uso de roupa de segunda mão, importada de outros países ou encontradas em lixo, necrotério, asilos e cemitérios, pode provocar dermatite, sarna e gonorréia, advertiu nesta quarta-feira, 20, o Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS) sobre um costume muito comum em classes popular e média.
"As peças podem estar infestadas de ácaros, piolhos, conter algum tipo de produto químico, e inclusive bactérias (em caso de roupas íntimas), que ao ter contato com a pele provocam dermatite, sarna e gonorreia", assinalou um comunicado do IMSS, que atende a metade da população nacional.
Este tipo de roupa é exposta em comércios informais que compram em atacado e depois vendem a varejo.
A doutora Diana Castillo Martínez, dermatologista do Hospital Geral de Zona 2-A Troncoso, do IMSS, disse que a primeira recomendação é evitar comprar este tipo de roupa.
Caso contrário, as camisas, blusas, suéters e etc, devem ser lavadas com sabão e água, seja à mão ou em máquina. No caso de jaquetas, devem ser guardadas em uma sacola de plástico por três dias, "isso assegura eliminar piolhos e ácaros", disse Castillo ao assinalar que os sapatos devem ser expostos ao sol durante dois dias antes de calçá-los.
Recomendou não adquirir, de forma alguma, roupas íntimas em comércios desse tipo, já que as medidas de higiene podem não ser suficientes e causar gonorréia, "uma doença crônica difícil de diagnosticar".