15 de julho de 2010 | 08h38
Depois de mais de 14 horas de pesados debates, durante os quais milhares de argentinos protestaram em frente ao Congresso, a Casa aprovou a proposta por 33 votos contra 27, com três abstenções.
"Acredito que seja um avanço para a igualdade de direitos", disse a jornalistas o senador Eugenio Artaza depois do debate em que muitos senadores usaram suas crenças católicas para justificar sua posição.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, apoia o casamento gay fundamentando-se nos direitos humanos e deve sancionar a proposta de lei depois de retornar de uma visita oficial à China. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados em maio.
Dezenas de milhares de opositores, desde crianças até freiras, enfrentaram o frio extremo para protestar em frente ao Congresso desde terça-feira, atrapalhando o trânsito em Buenos Aires.
Os debates sobre a proposta de lei começaram na tarde de quarta-feira e continuaram até a manhã de quinta-feira. Algumas centenas de defensores do casamento gay também fizeram vigília aguardando a votação.
Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos argentinos apoia o casamento gay, mas existe menos apoio para que casais do mesmo sexo adotem crianças.
O apoio da presidente à proposta de lei, que também permite aos casais homossexuais adotarem crianças, colocou Kirchner contra a influente Igreja Católica um ano antes das eleições presidenciais.
(Reportagem de Magdalena Morales e Karina Grazina)
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