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Sistema de eletricidade do Chile ficará instável por seis meses, diz ministro

No domingo, queda no serviço de distribuição de energia deixou 80% do país no escuro

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Por Redação
Atualização:

SANTIAGO - O sistema de abastecimento de energia elétrica do Chile permanecerá instável pelos próximos seis meses, disse nesta terça-feira, 16, o ministro de Energia chileno, Ricardo Raineri, ao jornal La Nación. As declarações do ministro se referem às consequências do apagão ocorrido no país sul-americano na noite do domingo, que deixou 80% do seu território sem luz.

 

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"Enquanto não recuperarmos o nível de segurança, vamos ficar em uma situação crítica. Serão necessários pelo menos seis meses antes que voltemos a ter os níveis de segurança no abastecimento que tínhamos antes do terremoto", disse o ministro. Na segunda-feira, o presidente chileno, Sebastián Piñera, havia dito que essa instabilidade duraria apenas uma semana.

 

Ranieri garantiu que as autoridades estão fazendo o possível para dar maior segurança elétrica à população. O ministro, no entanto, explicou que o Sistema Interconectado Central (SIC) opera com capacidade reduzida, já que a possibilidade de novos apagões mão foi descartada. Foi uma falha no SIC que causou a interrupção do serviço no domingo.

 

O ministro indicou que a Superintendência de Eletricidade e Combustíveis (SEC) investiga as causas e responsáveis pelo apagão e pediu aos cidadãos que façam o "uso moderado da eletricidade" de modo a não gerar uma demanda maior que o previsto para que não ocorram novas quedas do sistema.

 

Ranieri se reuniu na segunda-feira com a subsecretária de Energia, Jimena Bronfman, e com a superintendente de Eletricidade e Combustíveis, Patricia Chotzen, para analisar o problema. Ele disse que a população deve estar consciente que a "consequência do terremoto deixou o sistema de distribuição de energia elétrica com certo nível de fragilidade que se normalizará com o tempo". O ministro reiterou que os problemas não são na geração, mas na distribuição da energia.

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