Suspeito de pertencer à Al-Qaeda está detido em SP, diz polícia

Membro teria sido preso por violação a leis de racismo e não sob acusação de terrorismo; caso é sigiloso

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Por Agência Estado e Associated Press
Atualização:

Um suspeito de pertencer à rede terrorista Al-Qaeda foi preso no Brasil e está mantido pelas autoridades brasileiras, informou a polícia nesta terça-feira, 26. Uma fonte da Polícia Federal brasileira confirmou à agência Associated Press que o suspeito foi detido e está preso em São Paulo. O caso é sigiloso porque as autoridades ainda investigam o membro do grupo. A fonte falou sob anonimato e não informou qual é o nome do suspeito e sua nacionalidade.Segundo a fonte, o suspeito foi detido porque transgrediu as leis que proíbem o racismo no Brasil e não sob acusações de terrorismo. Ela não informou quando a prisão foi feita. Um funcionário norte-americano confirmou que o suspeito foi detido há mais de um mês. Ele também falou sob anonimato e disseque as autoridades brasileiras investigam se o detido tem conexões com a parte operacional da Al-Qaeda.O deputado federal brasileiro Raul Jungmann (do PPS de Pernambuco) disse nesta terça-feira que foi informado há um mês sobre "a detenção em São Paulo de um indivíduo de alto escalão da Al-Qaeda". Jungmann, que é vice-presidente da comissão de segurança na Câmara do Congresso, disse não saber qual é a identidade do detido mas disse que pedirá detalhes à polícia."Nós precisamos saber com exatidão quem é essa pessoa e o quanto ela é importante na Al-Qaeda", disse Jungmann à Associated Press"Eu quero saber quais são suas conexões no Brasil e seus objetivos", O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse a repórteres que foi informado sobre a detenção pelo ministro da Justiça, mas que "até agora, não existe motivo para acusar ninguém."O Brasil abriga a maioria comunidade árabe fora do Oriente Médio, com grande parte vivendo no Estado de São Paulo e em Foz do Iguaçú, cidade fronteiriça do Estado do Paraná com o Paraguai e a Argentina.

 

Durante anos, funcionários norte-americanos se preocuparam que a região das três fronteiras tivesse virado um centro de atividades de arrecadação de dinheiro para os grupos Hezbollah e Hamas, embora um recente relatório do Departamento de Estado do governo dos EUA tenha admitido que não existe confirmação "de que esses ou outros grupos extremistas islâmicos tenham presença operacional na região."

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