Tempestade mata mais de 80 em três países da América Central

Passagem do fenômeno Agatha espalha danos e prejuízos na Guatemala, em El Salvador e Honduras

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Atualização:

 

CIDADE DA GUATELAMA - Pelo menos 73 pessoas morreram neste domingo, 30, na Guatemala, 9 em El Salvador e 1 em Honduras por causa das enxurradas e dos deslizamentos de terra provocados pelas chuvas torrenciais da tempestade tropical Agatha, a primeira da temporada na região do Pacífico.

 

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Segundo as autoridades guatemaltecas, há pelo menos 33 desaparecidos e mais de 74 mil desabrigados. A tempestade sofreu uma redução ao chegar às zonas montanhosas, mas as chuvas prosseguiam, dificultando o trabalho das equipes de resgate.

 

Em San Antonio Palopó, uma cidade localizada a 65 quilômetros da capital, Cidade da Guatemala, um grande deslizamento soterrou pelo menos 30 casas. Pelo menos 14 pessoas morreram e 7 estão desaparecidas, disseram as autoridades.

 

Segundo o presidente guatemalteco, Álvaro Colom, mais de um metro de chuva caiu em várias partes do país. "Muitas regiões estão isoladas, mas parece que o tempo vai melhorar e teremos condições de enviar suprimentos por avião ou helicóptero, pois as estradas foram seriamente danificadas", declarou o presidente em uma entrevista coletiva. A água que desceu das montanhas provocou o transbordamento do Rio Motagua, inundando pelo menos 19 comunidades na fronteira com Honduras.

 

Na quinta-feira, 2 mil pessoas já haviam sido retiradas de suas casas por causa da erupção do vulcão Pacaya, que expeliu cinzas sobre a capital, forçando o fechamento temporário do aeroporto, e lançou pedras sobre as aldeias a seus pés.

 

Em El Salvador, o presidente Mauricio Funes declarou estado de emergência por causa da tempestade Agatha. O estado de emergência permitirá a liberação de recursos para atender a população afetada pelas chuvas e reparar os danos causados à infraestrutura. A América Central é vulnerável às tempestades por causa de seu terreno montanhoso. Em novembro, o furacão Ida provocou inundações e deslizamentos que mataram mais de 150 pessoas na região.

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