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Tropas colombianas matam 32 rebeldes em confronto com as Farc

Mortes fazem parte de uma nova estratégia militar do governo para combater as guerrilhas marxistas

Atualização:

BOGOTÁ - Tropas colombianas mataram nesta segunda-feira, 26, 32 rebeldes de esquerda das Farc em uma região remota da selva, informou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, no segundo golpe ao grupo financiado por drogas em menos de uma semana. O ataque na madrugada na província central de Meta elevou o número total de rebeldes das Farc mortos pelas forças armadas para 65, depois de um ataque na quarta-feira passada que matou 33 rebeldes que descansavam na região de planícies do norte de Arauca. "Isso mostra que nossas forças armadas continuam a sua ofensiva e não vão parar", disse Santos durante uma reunião de agentes de segurança na cidade provincial de Villavicencio. As operações fazem parte de uma nova estratégia militar para combater as guerrilhas marxistas, destruindo suas principais unidades armadas e financeiras, marcando uma mudança do foco anterior de rastrear e matar os seus líderes. Bilhões de dólares em ajuda militar dos EUA ajudaram a Colômbia a liderar uma ofensiva militar que matou os principais líderes do grupo comunista e os empurrou ainda mais para a montanha isolada e regiões da selva. A força de combate das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) caiu em cerca de metade para perto de 8.000 combatentes na última década e muitos dos principais comandantes do grupo e os membros fundadores estão mortos. A nova estratégia se concentra no uso de inteligência para rastrear unidades de batalha específicas e sufocar as suas fontes de financiamento, que incluem tráfico de drogas, mineração ilegal de metais e extorsão. O grupo anunciou no mês passado que iria abandonar a sua política de sequestro por resgate, algo que fez durante décadas, e libertaria militares e policiais reféns que mantinha em acampamentos na selva. A libertação está prevista para começar no início de abril. As Farc, no entanto, mantêm sua força formidável e continuam atacando cidades e instalações de petróleo numa tentativa de enfraquecer setores como mineração e energia que ajudaram a economia colombiana a crescer. Apenas uma semana atrás, o grupo matou 11 soldados em Arauca.

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