Unasul marca reunião sobre Paraguai para sexta-feira

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Os presidentes da América do Sul irão se reunir na sexta-feira na Argentina para analisar "a delicada situação" do Paraguai e buscar uma posição conjunta depois do impeachment do presidente Fernando Lugo por um rápido processo político no Congresso, afirmou nesta segunda-feira o governo peruano. A rápida saída de Lugo provocou uma onda de críticas na região, cujos governos a consideraram ilegítima, isolando diplomaticamente o novo governo de Federico Franco ao retirar ou chamar para consultas seus embaixadores em Assunção. A convocação extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que será na cidade argentina de Mendoza, foi organizada depois de uma série de consultas entre os membros do grupo para coincidir as agendas, segundo comunicado da chancelaria peruana. "Como continuação da reunião de urgência dos chefes de Estado da Unasul no Rio de Janeiro em 21 de junho e do Comunicado dos Ministros de Relações Exteriores de sexta-feira, dia 22, concordamos em fazer uma reunião extraordinária dos chefes de Estado da Unasul para avaliar os acontecimentos no Paraguai e adotar uma posição conjunta", detalhou o comunicado. Os governos de Brasil e Chile já anunciaram que não adotarão medidas que "afetem o povo paraguaio". Atualmente, a presidência rotativa da Unasul está com o Paraguai, e o Peru deve assumir o posto em outubro ou novembro, disseram fontes diplomáticas em Lima. A pressão sul-americana envolve riscos potenciais para a economia paraguaia, que depende dos portos dos vizinhos Argentina, Brasil e Uruguai para o transporte e fornecimento de bens e para a exportação de seus produtos. (Reportagem de Marco Aquino e Omar Mariluz; reportagem adicional de Malena Castaldi, em Montevidéu; e de Eduardo García, em Quito)

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