08 de julho de 2009 | 13h29
Em uma tentativa de destravar a libertação de sequestrados em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, autorizou nesta quarta-feira, 8, a senadora da oposição Piedad Córdoba a participar do processo de libertação de reféns da guerrilha, mais de dois meses depois de ter proibido a participação dela na missão.
Antes de embarcar para os Estados Unidos de um aeroporto militar, Uribe afirmou que Córdoba poderá integrar a missão humanitária conjunta que agrupa representantes da Cruz Vermelha Internacional e da Igreja Católica. Porém, a condição para tanto é a entrega simultânea dos 24 militares e policiais e dos três cadáveres que a guerrilha tem em seu poder.
As Farc anunciaram em meados de abril que libertarão o cabo do Exército Pablo Emilio Moncayo, sequestrado há mais de 11 anos e, há duas semanas, comunicaram que um militar ferido em combate será libertado junto com ele. A guerrilha pretende trocar os policiais e militares sequestrados por seus homens presos na Colômbia e nos Estados Unidos.
O presidente colombiano acrescentou que a logística para a libertação de todos os reféns será coordenada pelo alto comissário para a paz da Colômbia, Frank Pearl, com a Cruz Vermelha Internacional e as Forças Armadas. Uribe não identificou os mortos, mas confirmou que ao menos o major Julián Guevara morreu em cativeiro.
Sequestrado em dezembro de 1997 durante um ataque das Farc a uma base do Exército no Departamento de Nariño, na fronteira com o Equador, Moncayo é um dos reféns que está há mais tempo em cativeiro em meio ao conflito interno colombiano, que já dura mais de quatro décadas.
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