Uribe avalia candidatura a terceiro mandato, diz diário britânico

Segundo 'Financial Times', colombiano quer 'dar prioridade à manutenção da dinâmica de sua política'

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Por Efe
Atualização:

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, afirmou que está em uma "encruzilhada da alma", avaliando a possibilidade de candidatar-se ao terceiro mandato no próximo ano, segundo uma entrevista publicada nesta segunda-feira, 16, pelo jornal britânico Financial Times.

 

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Se resolver concorrer, Uribe terá que mudar pela segunda vez a constituição do país, algo que preocupa inclusive seus mais fervorosos defensores, incluindo os aliados em Washington, assinalou o jornal britânico. "Pertenço a uma geração que não conheceu um só dia de paz. Minha prioridade é dar manutenção à dinâmica da minha política", explicou o presidente.

 

Sobre um suposto plano de sucessão, Uribe referiu-se ao terceiro presidente dos Estados Unidos e autor principal da Declaração de Independência: "É claro...quero encontrar a réplica de Thomas Jefferson". "Quando pensarem em meu governo, não quero que futuras gerações pensem que me agarrei ao poder. Ao mesmo tempo, quero que saibam que não voltei às costas aos desafios do meu país", acrescentou.

 

O Financial Times lembrou que em uma recente visita de Uribe a Washington, o presidente Barack Obama o alertou em tom amável que George Washington havia se retirado grandiosamente, após servir dois mandatos na Casa Branca, e abriu um importante precedente para a então jovem República.

 

Segundo o diário britânico, Uribe pode orgulhar-se pelas conquistas alcançadas durante seu mandato: os sequestros de pessoas caíram 88%, enquanto os membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) buscaram asilo na Venezuela ou se entregaram. Com consequência da melhoria da segurança, houve um forte aumento dos investimentos, queda da inflação e aumento do crescimento econômico.

 

Uribe afirmou que o espírito empresarial é o melhor motor do crescimento econômico e a arma mais efetiva contra a pobreza, um enorme desafio para um país que teve meio século de conflito interno.

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