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Uribe defende luta antiterrorismo sem privar liberdades civis

Presidente colombiano justifica que acordo militar com os EUA visa luta contra o narcotráfico no país

Atualização:

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, afirmou na segunda-feira que o país enfrenta o desafio de um "terrorismo rico" sem limitar as liberdades civis, como ocorre em outras nações, e que a luta contra a guerrilha aumentou a confiança dos investidores estrangeiros. Sem saída interna para solucionar as divergências sobre a presença americana em bases militares da Colômbia, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) optou por não fazer nenhuma menção ao acordo militar entre a Casa Branca e Bogotá, que Uribe justifica que é necessário para combater o narcotráfico e o terrorismo interno.

 

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"Temos enfrentado (o terrorismo) sem legislação marcial, sem corte de liberdades. Temos enfrentado com uma legislação cívica", afirmou Uribe durante a conferência da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal). O colombiano lembrou ainda que outros países impulsionam leis que limitam a liberdade dos cidadãos "para desafios menores" e que os avanços na segurança e o combate ao terrorismo farão com que os investidores estrangeiros vejam o país com bons olhos. A Colômbia tem um cuidado especial para não mencionar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo que, para Bogotá, recebe ajuda material da Venezuela e do Equador.

 

O governo da Colômbia qualificou como "positivo" que o documento final da cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não faça nenhuma menção ao acordo militar que está negociando com os EUA. Mas disse que não considera oportuno participar de uma reunião de ministros da Defesa e das Relações Exteriores no dia 24 em Quito, por causa das agressões verbais do presidente equatoriano, Rafael Correa.

 

Uma fonte da chancelaria disse que se a reunião for em outro país a Colômbia enviará seus representantes e também pedirá que outros temas, como tráfico ilegal de armas e terrorismo, sejam discutidos. A Unasul optou por convidar o presidente dos EUA, Barack Obama, para tratar das garantias de não-agressão aos países vizinhos. Numa tentativa de reduzir a polêmica causada pelo acordo sobre as bases, os EUA asseguraram que têm um "plano positivo" para a América Latina. Segundo Departamento de Estado, o plano "consiste em promover a prosperidade, a luta contra o narcotráfico, a Justiça e a igualdade de oportunidades".

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