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Uribe desiste de ir à cúpula da Unasul

Atualização:

O presidente e o chanceler da Colômbia não participarão da cúpula da Unasul, que será realizada em 10 de agosto no Equador, informou nesta sexta-feira um porta-voz do governo, em um momento de grande tensão entre Bogotá, Quito e Caracas por temas relacionados com a guerrilha das Farc. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, o país não descarta que um funcionário de outro escalão participe da reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O porta-voz, que pediu para não ser identificado, se absteve de especificar o motivo da ausência do presidente Alvaro Uribe e do chanceler Jaime Bermúdez no encontro, em que o Equador assumirá a presidência pro-tempore da Unasul, hoje ocupada pelo Chile. O anúncio ocorre em meio a recentes atritos da Colômbia com a Venezuela e o Equador, após autoridades colombianas terem apreendido da guerrilha várias armas que a Suécia havia vendido a Caracas há algumas décadas. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, nega que as armas tenham sido repassadas às Farc. O incidente levou Chávez a congelar as relações com a Colômbia. Outro episódio acrescentou nova tensão entre Bogotá e Quito, quando foi divulgado um vídeo em que um dos líderes das Farc admitiu o financiamento da campanha que levou Rafael Correa à Presidência do Equador. Dias depois, o grupo negou a autenticidade da fita. As relações diplomáticas entre os governo Correa e Uribe estão deterioradas desde março do ano passado, quando forças militares colombianas bombardearam um acampamento das Farc em território equatoriano, perto da fronteira entre os dois países, em um ataque que resultou na morte de um dos líderes das Farc, Raúl Reyes. (Reportagem de Nelson Bocanegra, com reportagem adicional de Rodrigo Martínez em Santiago)

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