
10 de março de 2010 | 17h20
O presidente da Colômbia Álvaro Uribe alegou nesta quarta-feira, 10, sem oferecer provas, que governos estrangeiros "estão vetando" candidatos colombianos nas eleições para a presidência de maio.
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"Há governos estrangeiros que estão vetando candidatos à presidência da Colômbia e impondo candidatos", disse Uribe em uma entrevista à emissora de rádio Colmundo.
"Incito a meus patriotas que não permitamos esta perversa influência estrangeira em nossa democracia (...), que esse governos estrangeiros façam danos a nosso país", pediu o líder.
O presidente advertiu que se os eleitores colombianos forem "fracos" e se deixarem influenciar, poderia chegar ao país um governo "como aqueles que têm em outras partes e que eliminam as instituições, afetam a iniciativa e cortam as liberdades".
Uribe, contudo, não deu detalhes de quais governos estavam supostamente fazendo campanha implícita contra alguns dos candidatos, de que tipos de manobras se tratavam e a quem afetavam.
O presidente só garantiu que assumia "a responsabilidade da denúncia, de denunciar estes atos a meus compatriotas e à comunidade internacional".
O diretor do Departamento Administrativo de Segurança (DAS), Felipe Muñoz, informou que a entidade tem duas investigações em andamento sobre a suposta interferência de outros países no pleito colombiano.
Segundo o policial, "existem muitas formas de financiar uma campanha... Não é só um tema de recursos, com apoio logístico, mas tudo se reduz a uma tema: financiar e intervir em um processo político, o que obviamente é proibido.
Mas, tal como Uribe, Muñoz não citou nenhum governo em especial.
As eleições presidenciais estão previstas para 30 de maio e ao menos sete candidatos de todas as esferas políticas, de setores conservadores até de esquerda, estão inscritos.
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