O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, se mantém na liderança das pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2010 e se reelegeria com 57% dos votos se decidir disputar um terceiro mandato, de acordo com um levantamento divulgado nesta terça-feira, 15, em Bogotá.
A porcentagem, porém, é inferior em seis pontos percentuais à que Uribe tinha no início de outubro, segundo a empresa responsável pela pesquisa, a Ipsos-Napoleón Franco. O presidente só poderá concorrer a um novo mandato se ocorrer uma reforma na constituição que permita a segunda reeleição.
O estudo, cuja margem de erro é de 3,1%, foi feito com pouco 1,010 colombianos e trinta centros urbanos do país e faz parte de uma série realizada pela empresa para o grupo de rádio e televisão RCN e para a revista Semana.
Segundo a pesquisa, em segundo lugar, com apenas 9%, está o senador Gustavo Petro, do partido opositor Polo Democrático Alternativo, seguido pelo independente Sergio Fajardo, com 5% das intenções de voto.
Em quarto lugar está o ex-ministro da Defesa Rafael Pardo, do também opositor Partido Liberal Colombiano, que neste fim de semana o designou como diretor único da entidade, no lugar do ex-presidente César Gaviria.
Caso Uribe não possa concorrer ao terceiro mandato, o que depende de um referendo ainda não convocado, a liderança no cenário fica para Juan Manuel Santos, que foi ministro da Defesa de agosto de 2006 até maio deste ano. Santos, do Partido Social de Unidade Nacional, teria 13% dos votos, apenas um ponto à frente de Petro.
No terceiro lugar deste cenário estão Fajardo e Andrés Felipe Arias, que busca a candidatura pelo Partido Conservador Colombiano, com 10%.
Reforma
Uribe só poderá disputar um novo mandato mediante uma reforma na Constituição. Em 2005, já foi realizada uma emenda que permitia a primeira reeleição. Os partidários de Uribe terão que realizar a nova mudança por meio de um referendo, iniciativa que foi aprovada no Congresso este ano.
A lei correspondente está sendo estudada pela Corte Constitucional, que avalia se ela é legal. A previsão do anúncio se o referendo poderá ser convocado é par ao começo de 2010.