Na votação deste domingo, 25, os uruguaios rejeitaram a anulação da lei que anistiou os militares que cometeram violações aos direitos humanos durante a ditadura militar (1973-1985). Luis Puig, porta-voz da Coordenadoria pela Nulidade da Lei de Caducidade admitiu o fracasso do plebiscito, assinalou que "a luta pela verdade e pela justiça não termina nem se menospreza" com o resultado desfavorável, segundo apontaram pesquisas de boca-de-urna.
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"O tema da memória e da justiça teve um grande apoio nos jovens uruguaios", disse Puig, também secretário de Direitos Humanos da principal central operária do Uruguai.Era preciso superar 50% dos votos emitidos para conseguir a nulidade da Lei de Caducidade, mas segundo as pesquisas manuseadas pela coordenadoria não ultrapassaram 48%.
A Lei de Caducidade foi aprovada em 1986 no fim do regime cívico-militar (1973-1985) e já foi referendada em um primeiro plebiscito em 1989. A nulidade da Lei de Caducidade tinha se transformado em um motivo de disputa na campanha eleitoral, com acusações cruzadas de utilização eleitoreira de um assunto tão delicado.