Uruguaios rejeitam anular lei que anistiou militares da ditadura

Segundo pesquisas de boca-de-urna, plebiscito para revogar a Lei de Caducidade fracassou com 48% dos votos

PUBLICIDADE

Atualização:

Na votação deste domingo, 25, os uruguaios rejeitaram a anulação da lei que anistiou os militares que cometeram violações aos direitos humanos durante a ditadura militar (1973-1985). Luis Puig, porta-voz da Coordenadoria pela Nulidade da Lei de Caducidade admitiu o fracasso do plebiscito, assinalou que "a luta pela verdade e pela justiça não termina nem se menospreza" com o resultado desfavorável, segundo apontaram pesquisas de boca-de-urna.

 

Veja também:

 

"O tema da memória e da justiça teve um grande apoio nos jovens uruguaios", disse Puig, também secretário de Direitos Humanos da principal central operária do Uruguai.Era preciso superar 50% dos votos emitidos para conseguir a nulidade da Lei de Caducidade, mas segundo as pesquisas manuseadas pela coordenadoria não ultrapassaram 48%.

 

A Lei de Caducidade foi aprovada em 1986 no fim do regime cívico-militar (1973-1985) e já foi referendada em um primeiro plebiscito em 1989. A nulidade da Lei de Caducidade tinha se transformado em um motivo de disputa na campanha eleitoral, com acusações cruzadas de utilização eleitoreira de um assunto tão delicado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.