
14 de abril de 2013 | 23h37
Tanto a equipe do candidato governista Nicolás Maduro como do opositor Henrique Capriles cantaram vitória e prometeram defender o resultado até as últimas consequências, em um ambiente muito sensível pela recente morte do líder bolivariano.
Embora a campanha tenha sido de alta voltagem, com denúncias de irregularidades por parte de ambos os lados, o dia de votação transcorreu em relativa calma até que Capriles sacudiu o país com sua denúncia.
"Alertamos ao país e ao mundo a (existência de uma) intenção de querer mudar a vontade expressa pelo povo!", disse o candidato em mensagem na rede social que foi confirmada por sua equipe de campanha.
O chefe da equipe de Maduro qualificou a mensagem de seu adversário de "irresponsável", pediu calma e que seus seguidores fossem ao palácio presidencial de Miraflores.
"Vamos defender o resultado, vamos defendê-lo com as armas que a Constituição e as leis da República nos proporcionam, mas principalmente com a presença pacífica do povo na rua", disse o prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez.
Minutos depois, o secretário da coalizão opositora acusou Rodríguez de tentar enganar o seu povo e o país.
"Nós sabemos perfeitamente o que aconteceu, e eles sabem", garantiu Ramón Aveledo em entrevista coletiva. Ele também acusou seus rivais de "irresponsáveis" por pedirem que as pessoas saíssem às ruas.
As autoridades afirmaram que a participação dos eleitores poderia beirar o recorde da eleição de outubro, quando 80 por cento dos 18,9 milhões de eleitores foram às urnas no último pleito de Chávez.
(Por Diego Oré e Mario Naranjo, com reportagem adicional de Deisy Buitrago, Todd Benson, Girish Gupta e Andrew Cawthorne)
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