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Venezuela comprará 5.000 fuzis de precisão da Rússia

Justificativa de Chávez é para caso de 'guerra de guerrilha', se o país for invadido por exércitos estrangeiros

Por Agência Estado e Associated Press
Atualização:

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta segunda-feira, 20, que o governo de seu país comprará 5.000 fuzis de precisão para uso em "guerra de guerrilha" no caso de o território venezuelano ser invadido por algum exército estrangeiro no futuro, informou a Agência Bolivariana de Notícias (ABN).   Chávez revelou durante seu programa dominical que a Venezuela comprará 5.000 fuzis Dragunov da empresa russa Roxoboronexport, prosseguiu a ABN. O Dragunov é um fuzil de precisão para franco-atiradores. Ele conta com mira telescópica, tem alcance superior a um quilômetro e é raramente encontrado fora da Rússia.   O líder venezuelano aproveitou para contestar uma recente declaração do secretário de Estado adjunto dos EUA para Europa e Eurásia, David Kramer, que manifestou oposição às compras de armas feitas por Caracas sob a alegação de que elas não corresponderiam às necessidades do país sul-americano.   "Esses fuzis são para vocês", disse Chávez, numa advertência aberta aos Estados Unidos. "Se vocês vierem pra cá, é bom deixar claro. Não são fuzis para uso convencional, mas para uma guerra de guerrilha", diz a nota da ABN.   Em junho do ano passado, Chávez anunciou que estava avaliando a aquisição de uma frota de submarinos russos. Ao longo dos últimos dois anos, a Venezuela comprou da Rússia 53 helicópteros, 100.000 fuzis Kalashnikov AK-103 e 24 caças de combate Sukhoi-30.   Apesar dos esforços americanos para impedir que outros países vendam armas à Venezuela, a Rússia já firmou contratos militares com Caracas por um valor próximo de US$ 3 bilhões, transformando-se no principal fornecedor de armas para o Exército venezuelano.

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