21 de julho de 2009 | 14h39
A Venezuela desaprovou nesta terça-feira, 21, um comunicado do governo dos EUA que acusa o país sul-americano novamente de falhar na luta contra o narcotráfico e disse que a normalização das relações bilaterais entre os países está sujeita ao fim das "pretensões de intervenção".
O Departamento de Controladoria Geral americano (GAO, na sigla em inglês), disse que a corrupção governamental na Venezuela e a falta de cooperação com as autoridades antinarcóticos dos EUA está sufocando o combate contra o tráfico de substâncias ilícitas.
"Esse, junto a outros comunicados publicados con regularidade pelas agências do governo americano, são ferramentas de chantagem política que carecem de objetividade científica e seriedade metodológica", afirmou a chancelaria venezuelana em um comunicado.
"A Venezuela ratifica que a normalização de suas relações políticas com o governo americano está sujeita à paralisação dessas práticas intoleráveis", diz o documento.
Em 2005, Caracas pôs um fim às colaborações com a divisão antinarcóticos das forças militares americanas (DEA) ao acusá-las de espionagem. As relações entre Venezuela e EUA se mantiveram tensas desde que Hugo Chávez, um crítico da política eterna de Washington, assumiu o poder. Autoridades americanas o veem como uma ameaça à estabilidade regional.
A Venezuela, entretanto, segue como uma das maiores fornecedoras de petróleo e derivados aos EUA, que por sua vez é um dos maiores parceiros comerciais do país sul-americano.
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