Venezuela localizará helicóptero que teria invadido Colômbia

País nega interceptação do espaço aéreo colombiano na última quarta e minimiza eventos nas fronteiras

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

As Forças Armadas da Venezuela determinarão, a partir dos traços ou registros de seus radares, a posição de um helicóptero que, segundo a Colômbia, sobrevoou o território colombiano em uma zona fronteiriça na última quarta.

 

Veja também:

linkUnasul apoia que governo haitiano lidere coordenação de ajuda

linkEntidade cobra de Chávez ação para conter violência

linkProcuradoria da Venezuela vai investigar líderes estudantis

 

A informação foi dada nesta sexta-feira, 29, pelo vice-ministro de Defesa da Venezuela, Daniel Machado, que está participando da II Reunião da Instância Executiva do Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), na cidade equatoriana de Manta.

 

Publicidade

"Determinaremos as medidas com as equipes técnicas e os recursos dos sistemas de radar que temos; com os traços do radar se pode determinar perfeitamente em que sítio estava a aeronave", afirmou Machado ao canal equatoriano Ecuavisa.

 

O chanceler venezuelano,Nicolás Maduro, negou "categoricamente" hoje que o helicóptero venezuelano sobrevoou o território colombiano e alertou que essa informação poderia fazer parte de supostos planos dos Estados Unidos e Colômbia para "construir" incidentes na fronteira.

 

Machado, ao ser perguntado sobre a possibilidade de haver eventuais interceptações limítrofes de aeronaves em zonas fronteiriças, declarou que, em geral, elas podem ocorrer, mas que são incidentes menores.

 

"São pequenos acidentes ou incidentes que acontecem frequentemente entre fronteiras abertas e que compartilhamos mutuamente; às vezes ultrapassam nossa fronteira, às vezes as deles e não há nenhum inconveniente", acrescentou.

 

Entre outras discussões em Manta, os vice-ministros analisaram o Livro Branco do Comando de Mobilidade Aérea dos Estados Unidos.

 

Segundo Machado, o programa militar descrito nesse livro "representa a capacidade e mobilidade das Forças Armadas dos EUA desde suas sedes até as instalações que têm na América do Sul".

 

O vice-ministro de Defesa da Colômbia, Jorge Eastman, assegurou a jornalistas que seu país "não tem nenhuma posição frente a um documento público de outro governo que não provenha do governo colombiano".

Publicidade

 

Os vice-ministros concluíram nesta tarde uma ata na qual analisaram como estabelecer medidas de fomento da confiança e segurança em matéria de Defesa na região, além do intercâmbio de informação, a transparência e a elaboração de um Protocolo de Paz, Segurança, e Cooperação na Unasul.

 

A Unasul é formada por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.