O governo venezuelano se comprometeu nesta terça-feira, 16, a prender qualquer membro do ETA sempre que hajam "provas irrefutáveis" contra eles e rebaixou o tom de suas críticas ao garantir que o país está decidido a preservar suas relações bilaterais com a Espanha.
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Um dia depois da ordem de prisão para 12 membros da organização separatista basca e da guerrilha colombiana FARC ser divulgada, a embaixada da Venezuela em Madrid se mostrou disposta a colaborar com a justiça espanhola, embora tenha voltado a negar as acusações que vinculam o governo Chávez com uma suposta mediação entre o ETA e as FARC.
"Reiteramos nosso compromisso de atuar frente a provas irrefutáveis que demonstrem objetivamente atividades dessa natureza", disse a embaixada em um comunicado, aludindo a supostos terroristas. "A embaixada ratifica seu rechaço a suposta vinculação de nosso governo com grupos terroristas".
Embora Chávez tenha defendido nesta segunda a colônia de ex-membros do ETA refugiados na Venezuela em virtude de um acordo entre os dois países em 1989, a embaixada deixou clara sua condenação a qualquer forma de terrorismo e deu ênfase à necessidade de combatê-lo "no marco dos princípios do direito internacional".
A embaixada denunciou a existência de uma campanha destinada a tornar tensas as relações entre a Espanha e a Venezuela e destacou seu propósito de conservar a boa sintonia entre os dois governos.
"Reiteramos nossa firme vontade de aprofundar esta relação amistosa e frutífera (com o governo espanhol)", disse o comunicado.