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Venezuela proibirá bancos de serem donos de meios de comunicação

Medida buscaria limitar a influência de setor que contém opositores a Chávez na imprensa

Atualização:

A Venezuela proibirá os bancos de terem participações em meios de comunicação, informou nesta quarta-feira, 11, o vice-presidente, Elías Jaua, uma decisão que buscará limitar a influência de banqueiros nesse setor, entre os quais há opositores ao governo do presidente Hugo Chávez. Veja também:linkEUA e UE elogiam fim de crise entre Venezuela e Colômbia Jaua propôs incluir essa medida na nova Lei de Bancos que a Assembleia Nacional prepara, um dia depois que as autoridades decidiram liquidar um banco de propriedade de um dos maiores acionistas da Globovisión, canal de linha editorial contrária a Chávez. "Estamos propondo descredenciar donos de meios de comunicação ou acionistas para, simultaneamente, fazer o mesmo em bancos e instituições financeiras", declarou Jaua em reunião com parlamentares. A nova Constituição do Equador apresentada pelo presidente Rafael Correa, aliado político de Chávez, proíbe o setor financeiro daquele país de ter participações em meios de comunicação, e deu prazo, até outubro, para que banqueiros se desvinculem desse tipo de negócio. A reforma constitucional venezuelana e outras decisões que o governo Chávez estuda provocaram temores no setor financeiro, que teme um maior controle para limitar seus lucros e operações. "Outra medida que estamos estudando é limitar a quantidade de depósitos oficiais nos bancos privados (...) e também operações interbancárias entre os mesmos bancos e o excesso de colocações de um banco em outro", declarou o chefe da comissão que regulamenta os bancos, Edgar Hernández Behrens. (Por Eyanir Chinea)

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