20 de agosto de 2009 | 17h38
O presidente Hugo Chávez congelou em julho as relações com a Colômbia, apontando o acordo militar EUA-Colômbia como uma ameaça à sua "revolução socialista". Paralelamente, ele tomou várias medidas de pressão econômica contra o governo de Álvaro Uribe.
O acordo militar permitiria que os EUA usem até sete bases militares no território colombiano.
"Se a Colômbia não retificar (o acordo sobre) as bases militares, nós, em um ano, podemos ter substituído a quase totalidade do comércio", disse Samán à Reuters antes de uma reunião com empresários brasileiros, que poderiam ajudar Caracas a substituir as importações da Colômbia.
Chávez iniciou essa substituição determinando que se comprem da Argentina 10 mil veículos que seriam importados da vizinha Colômbia.
Ele também proibiu a estatal colombiana de petróleo de participar de uma licitação de petróleo bruto, e anulou um convênio pelo qual a Venezuela fornecia gasolina com desconto a regiões colombianas fronteiriças.
A tensão entre os dois países é um fator de risco político que afeta a cotação do peso colombiano e preocupa empresários de ambos os países, que em 2008 tiveram um intercâmbio comercial recorde, superior a 7 bilhões de dólares.
De acordo com Samán, Argentina, Brasil, Equador e China poderiam fornecer à Venezuela produtos tradicionalmente importados da Colômbia, como alimentos, têxteis, medicamentos, artigos de higiene e cosméticos.
Encontrou algum erro? Entre em contato