A Procuradoria da Venezuela rechaçou nesta sexta-feira, 22 um relatório recente da organização Human Rights Watch (HRW) que sinaliza a subordinação do sistema judicial venezuelano ao poder Executivo.
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A procuradora-geral Luisa Ortega disse à Rádio Nacional da Venezuela que esse informe "não tem valor" porque está baseado em "informações tiradas da imprensa" e não em investigações ou "estudos científicos".
O relatório da HRW indica que "o governo de Chávez conseguiu, na prática, neutralizar o poder judicial como um poder independente do governo".
Ortega opinou que a HRW perdeu a seriedade ao atacar de forma frequente países que se negam a subordinar suas políticas aos Estados Unidos.
A fiscal acrescentou que a organização incorre em importantes contradições e mencionou que, de um lado, a HRW reconhece a existência de pessoas "acusadas de corrupção", mas por outro as classifica como "perseguidos políticos".
Ortega também afirmou que a organização põe em questão a existência de liberdade de expressão na Venezuela, mas ao mesmo tempo reconhece que "existe um dinâmico debate público, no qual os opositores e apoiadores do governo podem igualmente fazer ouvir suas críticas e seu apoio ao (presidente Hugo) Chávez". A fiscal lamentou a omissão do relatório em relação aos avanços da Venezuela contra o narcotráfico.