21 de janeiro de 2009 | 11h04
A polícia usou gás lacrimogêneo, balas de borracha e canhões de água para dispersar um protesto realizado terça-feira por estudantes universitários contra a tentativa do presidente Hugo Chávez de conseguir sua reeleição ilimitada. Os policiais enfrentaram mais de 2 mil estudantes que saíram de uma praça em Caracas para protestar contra uma proposta de emenda constitucional que pode derrubar os limites de mandatos para políticos eleitos, incluindo Chávez. O presidente deu ordens, recentemente, para que as autoridades dispersem protestos estudantis se eles se tornarem violentos.Não houve feridos. Dezenas de estudantes se reagruparam nas proximidades mais tarde e jogaram pedras contra os policiais, antes de se dispersarem. "Nós não provocamos a polícia. Temos sido vítimas da violência de acordo com as ordens de Chávez", disse o líder estudantil Juan Mejia. "Não vamos parar. Permaneceremos nas ruas." A Assembleia Nacional, dominada pelos chavistas, aprovou a proposta de mudanças na Constituição na semana passada, alegando que Chávez precisa de mais tempo para liderar a transição para o socialismo. Já os estudantes que se opõem à medida estão se tornando o principal desafio dos planos do presidente de eliminar os limites de mandatos. Eles afirmam que a emenda vai enfraquecer a democracia e pedem que os venezuelanos rejeitem a proposta, que vai a referendo em 15 de fevereiro.
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