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Venezuela responderá queixas da Colômbia no Conselho da ONU

Bogotá fez denúncia sobre ameaças de guerra feitas por Chávez após fechar acordo com EUA sobre bases

Por Efe
Atualização:

O governo da Venezuela entregará nesta quarta-feira, 23, ao Conselho de Segurança da ONU sua resposta à queixa apresentada recentemente pela Colômbia afirmando ter recebido "ameaças" por parte de seu país vizinho.

 

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Fontes da Missão venezuelana perante as Nações Unidas disseram que seu embaixador, Jorge Valero, entregará um documento ao presidente rotativo do órgão de máximo poder de decisão da ONU, o austríaco Thomas Mayr-Harting, onde detalhará sua opinião sobre o conflito gerado por causa das declarações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, nas quais chamou a "preparar-se para a guerra", ao alertar que Venezuela poderia ser vítima de uma agressão da Colômbia promovida pelos Estados Unidos.

 

As fontes indicaram que a Venezuela ressaltará que "o fator que perturba" as relações entre os dois países é o acordo estabelecido entre EUA e Colômbia para que Washington utilize bases militares no país andino. "A carta se centrará no tema das bases militares, que é a base do conflito", apontaram as mesmas fontes.

 

Na nota remetida ao Conselho de Segurança em 11 de novembro, Bogotá expressou sua preocupação com "as ameaças da Venezuela" sobre "o uso da força contra da Colômbia e outros aspectos sensíveis". Chávez depois minimizou a afirmação, dizendo que foi uma reflexão baseada no adágio latino "Si vis pacem para bellum" (se queres a paz, prepara a guerra) e atribuiu a "uma manipulação midiática" o que fora entendida como uma chamada a

um confronto.

 

A tensão entre os dois governos vizinhos não diminuiu nos últimos dias, particularmente depois da explosão na semana passada de duas pontes pedestres fronteiriças por parte da Venezuela. A destruição das pontes, que Caracas considerava ilegais, aconteceu um dia depois da morte de três colombianos em outro confuso episódio, também na fronteira.

 

As relações entre Colômbia e Venezuela atravessam um período de tensão derivado do convênio militar assinado entre Bogotá e Washington, que prevê o uso de sete bases colombianas por forças americanas e que Chávez considera uma "ameaça" para a segurança regional.

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