17 de dezembro de 2010 | 17h49
ASSUNÇÃO- O vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, ratificou nesta sexta-feira, 17, que é contra a entrada da Venezuela no Mercosul, uma postura que segundo ele só será alterada se houver "sinais de mudança na uma democracia" do país.
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"Apesar de meu partido ter tomado uma decisão a respeito, minha posição invariavelmente é de não permitir a entrada da Venezuela", disse Franco, que lidera uma facção do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), principal suporte político do chefe de Estado, Fernando Lugo.
O Diretório do PLRA, que está dividido em torno do apoio ao governante, resolveu no dia 1º de dezembro recomendar a seus legisladores que aprovem a solicitação, que ficou nas mãos do Paraguai depois que Argentina, Brasil e Uruguai fizeram o mesmo.
Franco acrescentou que apoiará a entrada da Venezuela "se o presidente venezuelano, Hugo Chávez, demonstrar sinais de mudança na democracia".
O número dois do Executivo fez essas declarações no mesmo dia em que Lugo recebeu a Presidência semestral do Mercosul durante a cúpula de presidentes do bloco, realizada na cidade de Foz do Iguaçu.
Nessa reunião, a vice-ministra da Chancelaria da Venezuela, María Jacqueline Mendoza, reiterou o interesse de seu país em se integrar plenamente ao Mercosul.
No Paraguai, o tema não será debatido até depois do recesso anual, que começará no dia 20 e se estenderá até 1º de março de 2011, confirmaram fontes do Parlamento.
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