13 de dezembro de 2009 | 18h05
A viúva do ditador chileno Augusto Pinochet, Lucía Hiriart, disse neste domingo, 13, ser grata aos cidadãos do país que têm "um coração muito bom e boa memória" após votar na eleição presidencial e parlamentar deste domingo.
Veja também:
Urnas são fechadas; 1º resultado às 20h
Pequenos incidentes marcam eleições presidenciais no Chile
Diferença entre esquerda e direita é pequena no Chile, diz analista
Perfil: Conheça os três principais candidatos
Galeria de fotos: veja imagens da reta final da campanha
Hiriart completou 85 anos na quinta-feira passada, data do terceiro aniversário da morte de Pinochet. Em declarações a jornalistas, ela disse que esta eleição "é muito importante" e que está "encantada" com a participação dos jovens.
"Acho que nós, os mais velhos, estamos bons para conselhos, mas não para estar ativos", afirmou Hiriart, que em outubro de 1988, quando seu marido perdeu o plebiscito com o qual pretendia se manter no poder, comentou que os chilenos eram "mal agradecidos."
Rodrigo García Pinochet, neto do falecido general e de Lucía Hiriart, se apresentou como candidato independente a deputado por um distrito de Santiago. Aos nove anos de idade, García Pinochet viajava junto com seu avô quando o então ditador foi alvo de um atentado, em setembro de 1986.
Hoje, depois de votar, o neto do general afirmou que "haverá um Pinochet no Parlamento" chileno na próxima legislatura. Perguntada sobre a candidatura de seu neto, Lucía Hiriart disse que confia "em Deus e Nossa Senhora e em todo o povo que gosta dele, que gosta de nós, que vai ser eleito."
O neto de Pinochet concorreu como candidato independente porque os partidos da direita, que sustentaram politicamente a ditadura de seu avô, se negaram a aceitá-lo em suas próprias listas.
Encontrou algum erro? Entre em contato