O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou na terça-feira, 29, que estava analisando uma proposta de empresários locais para solucionar a crise do país. A proposta incluiria a volta dele ao poder, pelo menos por um breve período. Zelaya disse que via a medida como um bom sinal e avaliou o plano como encorajador.
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A influente Câmara da Indústria Nacional propôs que 3 mil mantenedores de paz da ONU, ou tropas de países de governos conservadores, sejam enviados a Honduras para garantir a volta de Zelaya à presidência. Os poderes do presidente, porém, seriam limitados.
Os empresários até o momento apoiavam o regime de facto, liderado pelo presidente Roberto Micheletti. Deposto no fim de junho, Zelaya retornou ao país na semana passada e desde então está abrigado na embaixada do Brasil.
Zelaya notou que é um "bom sinal" o fato de que "os setores conservadores do país estão analisando a proposta". "Nós faremos a análise respectiva", prometeu, em entrevista ao Canal 11. "Nós esperamos iniciar conversas com aqueles que estão fazendo a proposta nas próximas horas."
O plano incluiria a concessão de um mandato vitalício no Congresso para Micheletti. Além disso, Zelaya teria ainda que responder a processos na justiça.