O deposto presidente de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira, 6,que já designou os oito representantes que participarão do diálogo para buscar uma solução para a crise política causada por sua deposição, em 28 de junho.
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Zelaya revelou que três desses representantes serão seu ministro de governo (Interior), Víctor Meza; a vice-chanceler Patricia Licona e o ex-presidente da Comissão Nacional de Bancos e Seguros Milton Jiménez, disse Zelaya, em conversa por telefone da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde permanece desde 21 de setembro.
Os outros cinco delegados, acrescentou, são os candidatos presidenciais Carlos Reyes (independente) e César Ham (do partido esquerdista Unificação Democrática), os sindicalistas Israel Salinas e Juan Barahona, e o dirigente camponês Rafael Alegria, todos coordenadores da frente de resistência que apoia Zelaya.
Até agora, o governo de facto presidido por Roberto Micheletti não anunciou quais serão seus representantes no diálogo, cuja instalação está prevista para a quarta-feira, 7, na presença de uma missão de chanceleres de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Uma delegação técnica da OEA permanece desde sexta-feira em Tegucigalpa para preparar a agenda dos chanceleres e outros aspectos do diálogo.
Zelaya disse que reiterou a três deputados europeus que se reuniram com ele na delegação brasileira que "o mais democrático" meio para resolver a crise é sua restituição no poder.