TEGUCIGALPA - O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, assegurou que o ex-mandatário Manuel Zelaya, deposto por um golpe de Estado em junho do ano passado, "pode voltar ao país quando quiser" e que "deve ser tratado com dignidade, como um ex-presidente, segundo notícia publicada nesta sexta-feira, 19, no jornal espanhol El País.
"Toda a comunidade internacional" advertiu que Zelaya deve regressar a Honduras, o que Lobo diz ser indispensável. Depois de ser deposto e expulso do país, Zelaya foi impedido de voltar pelo governo de facto de Roberto Micheletti, que prometia prender o ex-presidente caso ele retornasse.
"Zelaya volta quando quiser, afinal, não é hondurenho? Quem vai proibi-lo aqui?", indagou Lobo, que assumiu o poder em 27 de janeiro. "Não vamos criar conflito onde não houver conflito", disse o presidente.
Lobo também não desmentiu as declarações do presidente de El Salvador, Mauricio Funes, quando mencionou uma parceria entre Honduras e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. De acordo com Funes, as partes teriam acordado um plano para que Zelaya voltasse ao país "sem temor de ser perseguido politicamente".