
10 de abril de 2008 | 11h20
Barack Obama afirmou que caso seja eleito presidente dos Estados Unidos, não pedirá para que seus membros do gabinete combatam o ingresso de gays no serviço militar. Criticado por não falar com a imprensa gay, o pré-candidato concedeu uma entrevista para a revista The Advocate, voltada para o público homossexual, e declarou que tem interesse em garantir direitos civis para uniões entre pessoas de mesmo sexo e que essa é uma de suas propostas. Veja também: Elton John arrecada US$ 2,5 mi para Hillary Confira a disputa em cada Estado Conheça a trajetória dos candidatos Cobertura completa das eleições nos EUA O senador democrata afirmou que sua prioridade com as Forças Armadas será fortalecer o Exército e manter o país seguro, não mudar a sua política. "Nunca tornaria isso um teste para os militares", disse Obama, acrescentando que acredita que há um reconhecimento cada vez maior de que esta é uma estratégia contraproducente"."Estamos gastando grandes quantias para dispensar gays ou lésbicas qualificados das Forças Armadas, alguns deles com especialidades como a capacidade de falar línguas árabes, o que precisamos desesperadamente. Isso não nos torna mais seguros". A entrevista foi feita após Obama ser duramente criticado por defensores homossexuais, que acusaram o pré-candidato de não falar com a imprensa gay. O jornal Philadelphia Gay News dedicou um grande espaço em branco em uma edição da semana passada, próximo a uma entrevista com Hillary Clinton, em protesto por ele não ter conversado com a publicação. "A imprensa gay pode sentir que não estou dando amor suficiente, mas basicamente toda a mídia sente-se da mesma forma todo o tempo", disse Obama à The Advocate. Ele afirmou ainda que freqüentemente fala contra a homofobia e apóia os direitos homossexuais. Questionado sobre as conquistas que poderia alcançar para a comunidade gay como presidente, Obama afirmou que poderia assinar uma legislação para banir a discriminação no ambiente de trabalho. Ele disse que gostaria ainda que transexuais fossem protegidos pela lei, mas acha difícil que algo seja aprovado pelos deputados nesse sentido.
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