
21 de janeiro de 2009 | 16h28
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, congelou os salários mais altos de seus principais funcionários da Casa Branca, uma medida de austeridade em tempos de crise econômica. Em seus primeiros atos como presidente, Obama anunciou também endurecimento das regras para ex-lobistas que trabalham no governo. "Transparência e o papel da lei serão o estandarte desta presidência", afirmou o novo comandante-em-chefe para sua equipe durante um encontro em Washington, onde assinou uma série de decretos regulando o comportamento ético de sua administração.
Obama e seu vice, Biden, durante juramento dos novos funcionários da Casa Branca. Foto: AP
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"Durante este período de emergência econômica, as famílias apertam o cinto, e mesmo deve ser feito em Washington", acrescentou Obama, antes do juramento dos novos funcionários do governo. "Por isso, estabeleço o congelamento dos salários dos meus principais assessores na Casa Branca", completou ele, prometendo uma "nova era de abertura."
"Nunca devemos esquecer que somos servidores públicos, e que o serviço público é um privilégio", continuou o democrata, em um discurso no prédio do Executivo americano. "Não se trata de beneficiar a si mesmo, nem a amigos ou clientes corporativos. Não se trata de avançar em uma agenda ideológica ou interesses especiais de qualquer organização", destacou.
Por isso, explicou o presidente, "a partir de hoje, os lobistas estão sujeitos a limites mais estritos do que em qualquer outro governo". A partir de agora, os lobistas não poderão ocupar cargos do governo relacionados com áreas que eles tenham representado nos últimos dois anos. Esses profissionais também não poderão dar presentes aos funcionários públicos. Durante a campanha eleitoral, Obama havia prometido tomar medidas contra a influência dos grupos de pressão sobre o governo.
O presidente prometeu ainda acesso "muito maior" a documentos governamentais que estavam privados ao público por questões de privacidade ou segurança nacional. Para isso, anunciou uma medida para estimular a transparência do governo, que exigirá que todos os organismos governamentais analisem os pedidos de informação que receberem sob a Lei de Liberdade de Informação.
"A Lei de Liberdade de Informação é a ferramenta mais poderosa que temos para fazer com que o nosso seja um governo honesto e transparente", afirmou Obama. Os funcionários "não só terão que obedecer à sua letra, mas também a seu espírito", insistiu. O presidente também condenou as práticas "de segredo excessivo" da administração anterior, que "se havia um argumento plausível para não fornecer informação, não era divulgado."
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