22 de janeiro de 2009 | 11h27
Viciado confesso de seu celular Blackberry, o presidente americano, Barack Obama, pode não ter que se livrar do hábito apesar das preocupações tecnológicas da Casa Branca. Segundo a revista Atlantic magazine, a Agência Nacional de Segurança aprovou um smartphone - inevitavelmente chamado de BarackBerry - à prova de espiões, para receber mensagem criptografadas.
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Segundo o blog do jornalista Marc Ambinder, o aparelho Sectera Edge, da General Dynamics, é capaz de criptografar conversas secretas e documentos confidenciais. Ele custa cerca de US$ 3.350 e poderá ser usado para questões pessoais. Isso porque uma lei americana, o Ato de Registros Presidenciais, estabelece que toda a correspondência do presidente é aberta e pode ser lida pelas pessoas em geral. Segundo a BBC, mensagens sigilosas, que podem ser pessoais ou mesmo de importância para a segurança nacional, poderiam ser divulgadas.
Segundo especialistas, há outros motivos para que Obama abandone os e-mails: seu correio eletrônico poderia ser vítima de um ataque de hackers e seu BlackBerry (celular com acesso à internet e a e-mails) poderia ser rastreado por pessoas perigosas.
Tanto o ex-presidente Bill Clinton como o atual, George W. Bush, abandonaram o uso de e-mails na Casa Branca. Mas a transição promete ser difícil para Obama, que é o primeiro usuário frequente do BlackBerry a chegar à Presidência dos Estados Unidos. Durante a campanha, Obama foi visto levando o seu BlackBerry a todos os lugares. Em uma ocasião, o democrata foi flagrado pela imprensa usando o aparelho para acessar e-mails durante um jogo de futebol de uma de suas filhas. A mulher de Obama, Michelle, logo percebeu e deu um tapa nas mãos do candidato para que parasse.
Esquema de segurança
Segundo o jornal Washington Post, Obama costumava fazer caminhadas, interrompendo o trabalho por 15 minutos todas as tardes. Mas em seu primeiro dia como 44º presidente dos EUA, terça-feira, ao percorrer três quarteirões até uma igreja, foram necessários 20 agentes do serviço secreto, uma caravana de 14 veículos, máscaras de gás (por precaução) e uma limusine Cadillac com blindagem especial.
Desde maio de 2007, quando Obama se tornou o candidato à presidência a receber mais precocemente a proteção do serviço secreto, ele se indispôs com o confinamento imposto pela segurança. Queixou-se quando seus assessores pediram que ele parasse de correr perto do Lago Michigan, de dirigir e passear sozinho pela sua livraria favorita em Chicago.
Construído pela General Motors especialmente para Obama, o carro oficial é supostamente equipado com portas blindadas de 20 centímetros de espessura e armas automáticas calibre 12. Ele conta com câmeras de visão noturna, pneus reforçados com Kevlar e canhões de gás lacrimogêneo. Foi isolado contra ataques químicos e é equipado com um suprimento de oxigênio.
(Com O Estado de S. Paulo)
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