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Presidente do Miss EUA renuncia após vazamento de e-mails com conteúdo misógino

O executivo Sam Haskell não suportou a pressão de quase 50 ex-vencedoras do renomado concurso de beleza, indignadas com o teor das mensagens referentes às participantes

Atualização:

O presidente da organização Miss Estados Unidos, Sam Haskell, renunciou ao cargo neste sábado (23) após pedido de várias modelos e ex-vencedoras do renomado concurso de beleza americano. A requisição ocorreu depois do vazamento de alguns e-mails, com conteúdo sexista e misógino, revelados nesta semana pelo site Huffington Post. Nas mensagens, endereçadas a outro membro da organização, Haskell usa linguagem vulgar para comentar a forma de algumas candidatas.

Pelo menos 49 ex-Misses EUA, incluindo uma de 87 anos, coroada em 1948, pediram em uma carta enviada à organização a demissão imediata de Haskell, garantindo estarem "profundamente chocadas e entristecidas" com o teor das mensagens. 

Sam Haskell, presidente do famoso concursoMiss Estados Unidos, estava na organização desde 2005 e teve de deixar o cargo depois de seus e-mails de caráter sexista sobre ex-candidatas ao posto de mulher mais bonita do país Foto: AP Photo/Mel Evans

De acordo com mensagem divulgada no Twitter, a diretoria decidiu aceitar a renúncia de Sam Haskell da função, exercida por ele desde 2005. "Esta tarde, a diretoria da organização Miss Estados Unidos aceitou a renúncia do CEO (...) Sam Haskell com efeito imediato", indicou seu substituto interino, Dan Meyers.

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Na última quinta-feira, o Huffington Post revelou que Haskell enviou vários e-mails, durante a estada como presidente, debochando de ex-candidatas. Ele falava, jocosamente, sobre o aumento de peso e a vida de sexual de uma delas, usando termos como "nojenta" e "pedaço de lixo".

"Como Miss Estados Unidos, rejeitamos fortemente as desqualificações, tanto coletivas quanto individuais", disseram as mulheres que já venceram o concurso, em um comunicado. Na sexta, pelo Twitter, Haskell chamou as revelações de "desonestas" e de "enganosas", embora tenha reconhecido que cometeu um "erro".

(Com AFP)

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